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Impacto das criptomoedas no meio ambiente | Entenda

Nesse artigo, você descobrirá qual é o impacto das criptomoedas no meio ambiente e como ele acontece.

A criptomoeda, no mundo financeiro dominante, é vista por muitos como uma ferramenta para criminosos e especuladores. No entanto, mesmo sob esse olhar, ela fez um progresso significativo, se estabelecendo de forma legitima e capaz de mudar o mundo.

Nos últimos anos houve um crescimento gigantesco no número de usuários e também do valor de criptos como o Bitcoin  (BTC) e Ether (ETH), mas isso não neutralizou as dúvidas sobre os possíveis prejuízos de uma adoção generalizada das criptomoedas.

Há uma grande preocupação do mundo quanto aos danos ao meio ambiente causados pelos elevado custo energético do uso das criptomoedas. Diferente do dinheiro tradicional, cujos saldos costumam ser armazenados em contas em um banco de dados central, as criptomoedas são registradas em uma rede distribuída de mineiros que recebem recompensas pelo seu trabalho.

Devido aos cálculos necessários para a mineração, o Bitcoin e outras criptomoedas requerem muita energia. Segundo as últimas estimativas, a rede Bitcoin consome tanta energia quanto a Argentina.

Grande parcela dos mineradores de Bitcoin, cerca de 65%, estão localizados na China, onde a maior parte da energia neste país vem do carvão.

Embora os defensores das criptomoedas digam que 74% da demanda de energia do Bitcoin vem de fontes renováveis ​​de energia, esses números não transparecem confiança. Além disso, a rede Bitcoin também gera 11,5 toneladas de lixo eletrônico todos os anos.

No entanto, nem todas as criptomoedas terão um impacto significativo no meio ambiente. Muitas delas não usam mineração e estão buscando tecnologias alternativas capazes de dar fim a esse problema.

Por que a mineração de Bitcoin prejudica o meio ambiente?

O elevado gasto energético se dá pela grande competição que existe entre os mineradores na resolução da criptografia das blockchains.

Cada bloco da rede Bitcoin possui o tamanho de 1Mb e as informações de cada transação na rede é armazenada nesses blocos. Os mineradores usam supercomputadores para descobrir novos blocos resolvendo problemas de criptografia.

Esse sistema é o que dá a grande vantagem do Bitcoin em relação as moedas centralizadas, dado que ela não conta com intermediários como bancos ou mesmo o governo.

À medida que novos blocos são criados, mais difícil fica a criptografia, o que obriga os mineiros a terem máquinas mais potentes para descobrir novos blocos.

Para os ambientalistas, ao passo que o preço das criptomoedas crescem, o gasto energético aumenta devido a redução da eficiência da mineração. Isso significa que, com o tempo, a rede consumirá mais poder de computação e energia para processar o mesmo número de transações.

A mineração demanda circuitos integrados específicos de aplicativos e hardware especializado para mineração das criptomoedas mais populares.

Ao contrário de outros hardwares de computador, esses circuitos não podem ser reutilizados para qualquer outro propósito, e rapidamente se tornam obsoletos.

Ou seja, com o tempo, gera-se uma quantidade significativa de resíduos eletrônicos à medida que essas máquinas não servem mais para minerar criptomoedas.

Além disso, a maior parte do uso de energia vem da queima de carvão e outros combustíveis fósseis, embora os defensores da criptomoeda acreditem que a energia renovável também é um componente importante.

Embora o número exato seja controverso, mesmo sendo otimista com a relação criptomoedas e meio ambiente, é fato que a mineração é o principal fator nas emissões de dióxido de carbono.

O que os defensores das criptomoedas dizem sobre o impacto ambiental?

Os apoiadores das criptomoedas alegam que a maior parte do gasto energético com a mineração das criptomoedas é realizado com fontes renováveis excedentes, assim minimizando os prejuízos das criptomoedas ao meio ambiente.

Eles afirmam que os mineiros não estão geograficamente fixos, o que permite que eles busquem por fontes de energia renováveis excedentes.

No entanto essas afirmações não parecem confiáveis. Um relatório do Cambridge Center for Alternative Finance descobriu que apenas 39% da mineração de Bitcoin vem de fontes de energia renováveis.

Em defesa do impacto das criptomoedas no meio ambiente, a CoinDesk, por exemplo, diz que algumas empresas de petróleo estão explorando maneiras de alimentar plataformas de mineração a partir de erupções de gás natural, caso contrário, a energia será desperdiçada.

Assim também mineradoras chinesas dizem migrarem de uma província para outra em busca de energia mais barata para apoiar fornecedores de energia renovável nessas regiões.

Conclusão

Como se percebe, há uma grande preocupação quanto ao impacto da mineração de criptomoedas no meio ambiente.

No entanto, existem criptos que não usam mineração, assim tornando possível a redução da poluição ao meio ambiente pelo uso de criptomoedas.

Blockchains de prova de participação como EOS e Cardano não têm mineração, o que torna possível as transações serem processadas com os mesmos requisitos de energia de uma rede de computadores comum.

Embora esse modelo tenha vantagens óbvias sobre a mineração, é difícil para uma rede estabelecida fazer a transição para um novo mecanismo de consenso.